"A morte está cansada da morte. O dia está cansado do dia. A morte está cansada da morte. O sangue está na cansado do dia." Tropeça. Cai. "A morte está cansada da morte. O dia está cansado do dia. A morte está cansada da morte. O sangue está na cansado do dia.", repete. A boca seca num esforço, um pigarro.Em casa, mãos limpas. Sentado. "A morte está cansada da morte. O dia está cansado do dia. A morte...
sexta-feira, março 04, 2005
quinta-feira, março 03, 2005
By Flávio Souza on quinta-feira, março 03, 2005
Na beirada do laranjal moram cheiros do passado dos meus passos. Na beirada do laranjal mora o balanço do meu sorriso. E lá bem fundo, na beirada do laranjal, mora o rio do meu sonho. Lá, bem antes, bem cedo, bem viva eu corria, longe, caminhando nos cheiros, nas folhas do laranjal.
Ela cheirava folhas e sentia peles. Ela cheirava a pele e a sentia folha. Trocava cheiros por lembranças, odores por...
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quarta-feira, março 02, 2005
By Flávio Souza on quarta-feira, março 02, 2005
Um torpor exalado em fel. Mulheres em pranto e um doce ar de canela saindo pelo quarto. O movimento do corpo ajoelhado pendia em pêndalo num ir e vir que beijava o chão e se erguia para o céu. - O que pedes?- Por ele.- Não o sabes ainda?- Saber?- Ele já não mais está.E de pronto, a dor foi mais intensa e seu corpo extremeceu. Vozes penetravam seu corpo e como adagas em curva lhe desfaziam na volta....
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By Flávio Souza on quarta-feira, março 02, 2005
Tenho hoje uma novidade aos meus poucos e preciosos leitores. Depois de muito refletir sobre minha vida e sobre minha vida como escritor, especialmente, resolvi tomar uma decisão. A partir de hoje, escreverei textos literários todos os dias por aqui. Não os garanto no sábado e domingo, mas me esforçarei também nestes dias. De qualquer forma, ao longo da semana "útil" escreverei e postarei sempre,...
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terça-feira, março 01, 2005
By Flávio Souza on terça-feira, março 01, 2005

Ele procurava a voz, mas a voz se escondia. Ele procurava por uma prova, mas a prova se escondia. Ele teceu mil palavras e as enrolou num tear de vontades em espera. A cada dia tecia e esperava. Pedia e clamava - "fale comigo, me mostra que escutas... ouve-me, retorna-me!..." Mas a voz não vinha. Ele procurava a voz, mas a voz se escondia. Ele procura um tremular, uma batida no vento, mas o ar não...
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