Eu sou um vazio à cata de um minuto. Espero, soluço, sei.
E por certo seria melhor me apresentar com nomes.
Mas minha vida é rótulo aberto, dobrado, jogado ao mar.
Eu sou um vazio à cata de um vendaval. Incerto, sozinho, sei.
E por certo seria melhor não me enfeitar de nomes.
Mas minha vida é uma oração, caída, prostrada ao mar.
Eu sou a mão quente que ajeita a vela. Inquieta, sofrida, sei.
E por certo seria melhor me esconder dos nomes.
Mas minha vida é a fé batendo na pedra, dobrada ao mar.
Eu sou o vendaval que te espera. Incerto, sofrido, sei.
E por certo seria melhor esquecer meus nomes.
Mas minha vida é me fazer pedra, à espreita, no meio do mar.
terça-feira, maio 03, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens mais visitadas
-
Worldwide Award Winning Photography Photography is a plural universe composed of professionals with various levels and capacities. An i...
-
Há dias em que me dedico ao suave murmurar do nada. Há dias em que me dedico a olhar o dia passando. E tudo, quase tudo, me parece o gesto d...
-
Há dias, e amanhã será um deles, em que a balada das horas é um recital a colorir. Acordarei ainda na tintura anil do meu hoje, roubando ped...
0 comentários:
Postar um comentário