Um cara que é o umbigo do mundo. Um cara comum, pessoa qualquer, voltado pra si, de papo para o ar, olhando para o alto. Acostumado, o cara a servir das caras e dos rostos, dos gestos e das faces. Servis, em prosélito a lhe servir. Um cara que é o umbigo do mundo, que é o ser humano chupando manga. Idolatrado, com travessas e manjares, nunca amado, e por suposto letrado. Subiu à pedra, sentou-se lá. Do alto, observa o mundo, do alto lhe olham no caminho oblíquo do sol. Em cima do sol, Romildo vê o mundo e embaixo o mundo lhe reveste. De honras, brincos e charme lhe vestem. Um cara que é comum, pessoa qualquer, umbigo do mundo. Mas o mundo era a pedra e a pedra era o mundo, morta a lhe servir. Mas a pedra, que era o mundo, cai-lhe por sobre a cabeça. E a pedra, toda pedra, toda dura, toda pedra matou Romildo. Um cara comum, umbigo do mundo, morto ao chão. Morto de empáfia, e agora cadáver, morto virgem. Virgem da vida, humilde e bela vida.
Mas agora cantam na orla, no umbigo do mundo a estória de Romildo - o cara que sentou numa pedra, que morreu por ela, e amassado suspirou pela vida, chupando manga.
Mas agora cantam na orla, no umbigo do mundo a estória de Romildo - o cara que sentou numa pedra, que morreu por ela, e amassado suspirou pela vida, chupando manga.