sexta-feira, janeiro 28, 2005
quinta-feira, janeiro 27, 2005
By Flávio Souza on quinta-feira, janeiro 27, 2005
Barbaridade! Quinta-feira, sete e cinquenta e quatro da manhã. Oito dias postando ininterruptamente por aqui. Creio que nunca tinha feito isso antes no Epifania. E o mais interessante é que aqui nem público existe mais. Como eu havia abandonado o mundo dos blogs. O mundo dos leitores de blogs também me abandonou. Mas enfim... vou vivendo de leitores imaginários, que postam diariamente por aqui. Enquanto isso vou reconstruindo as paredes das minha palavras, agora um tanto quanto teológicas e introspectivas.
Ontem eu terminei de pegar o filme Neverending Story no DC++. Creio que devo viver num destes universos paralelos de Fantasia. Por sinal, no mês passado comprei o livro da História Sem Fim. Pois é, existe um livro com este nome e foi escrito pelo alemão Michael Ende. O próximo dele que irei adquirir é Momo e o Senhor do Tempo. Quando meu filho vier a este nosso mundinho, creio que vou passar horas e horas e horas com ele vendo e lendo essas coisas todas. Quando, por sinal, pequeno eu era, achava que haveria de passar por diversas fases na vida e me mudaria, ficando talvez quem sabe mais sério. Bom, isso é uma meia-verdade. O lado criança sempre permanece em nós e... bundão é aquele que não se mostra enquanto criança. Por falar nisso... você, leitor casual ou corajoso que aqui aportou, não deixe de ler Akanutis, logo abaixo deste post.
Voltando aos livros, acabei agora de criar uma lista de presentes no Submarino para mim, incluindo o livro do Momo. Se algum bom Mecenas se habilitar, vai fazer um escritor-leitor bem feliz.
Ps. Ontem foi um dia de Déjà Vu, como se um filme se repetisse em mim.
[Ouvindo: Never Ending Story - Limahl - Greatest Hits Of The 80s (Cd3) (3:28)]
Ontem eu terminei de pegar o filme Neverending Story no DC++. Creio que devo viver num destes universos paralelos de Fantasia. Por sinal, no mês passado comprei o livro da História Sem Fim. Pois é, existe um livro com este nome e foi escrito pelo alemão Michael Ende. O próximo dele que irei adquirir é Momo e o Senhor do Tempo. Quando meu filho vier a este nosso mundinho, creio que vou passar horas e horas e horas com ele vendo e lendo essas coisas todas. Quando, por sinal, pequeno eu era, achava que haveria de passar por diversas fases na vida e me mudaria, ficando talvez quem sabe mais sério. Bom, isso é uma meia-verdade. O lado criança sempre permanece em nós e... bundão é aquele que não se mostra enquanto criança. Por falar nisso... você, leitor casual ou corajoso que aqui aportou, não deixe de ler Akanutis, logo abaixo deste post.
Voltando aos livros, acabei agora de criar uma lista de presentes no Submarino para mim, incluindo o livro do Momo. Se algum bom Mecenas se habilitar, vai fazer um escritor-leitor bem feliz.
Ps. Ontem foi um dia de Déjà Vu, como se um filme se repetisse em mim.
[Ouvindo: Never Ending Story - Limahl - Greatest Hits Of The 80s (Cd3) (3:28)]
Posted in Cinema, Divagações comigo e o vento, Livros | No comments
quarta-feira, janeiro 26, 2005
By Flávio Souza on quarta-feira, janeiro 26, 2005
Vem! Recorta teu salto em grande passo. Vem. Se achegue com a pálpebra aberta. Teus pêlos para mim são sirius, estrelas envoltas em tez. Cala agora teu pulso. Soluça baixinho para te sentir lá dentro. Sou um lápis a te desenhar nas horas internas. Pois então faça-te. Apaga meus lábios com as cores do perdão. Socorre-te a mim resgata. Sou Akanutis, a palavra esquecida que te criou. Mata-me agora, ergue-te. Sofrega-te no meu calor. Sou agora giz e letra viva no teu quarto das horas. Passa-me, esquece-me akanutis, para sempre amada. Solta-me, livra-me, morre-me, fala-me - eu sou agora em ti, dizendo, amém-me.
Posted in Poesia, Prosopoemas du Mundu | No comments
terça-feira, janeiro 25, 2005
By Flávio Souza on terça-feira, janeiro 25, 2005
Tive um debate um tempo atrás com um rapaz criacionista que advogava ser o Genesis um livro histórico, dentre outras "viagens" criacionistas. Pois bem, vou postar aqui minha resposta a ele, basicamente sobre o texto em Genesis 1. Inicialmente, em minhas considerações, falarei um pouco sobre o paralelismo, uma forma típica da poesia judaica bíblica. Então vamos lá:
Vamos acompanhar o que o Centro de Pesquisas do Hebreu Antigo tem a nos dizer sobre o paralelismo: Como a poesia hebraica é escrita de uma forma muito diferente do que o nosso próprio estilo ocidental de poesia, muitos não reconhecem a poesia, o qual pode causar problemas quando da tradução ou interpretação das passagens. Aproximadamente 75% do Tanach (Velho Testamento) é poesia. Todos os Salmos e Provérbios são poesia hebraica. MESMO O LIVRO DO GENESIS É REPLETO DE POESIA. Existem diversas razões para os Hebreus terem usado poesia. Muito da Torah foi cantada. Poesias e canções são mais fácies de memorizar do que textos corridos. A poesia paralelística (COMO em GENESIS 1) enfatiza algo de grande importância, como a estória da criação o é. Os rabinos acreditavam que se alguma coisa é digna de ser dita, ela deve ser ditaa de uma forma cheia de beleza. Existe muito mais poesia na Bíblia do que muitos pensam porque a maioria das pessoas não a entende.[Tradução nossa]
Alguns sites de apologética criacionista tal como o Christian Answers [que sustenta a insustentável idéia de que foi Moisés quem escreveu a Torá] ou o Lambert Dolphin através de alguns artigos tais como Syntax and Semantics in Genesis One e Is Genesis Poetry or Historic Narrative sustentam a idéia de que Gênesis 1 seria uma narrativa histórica ao invés de um texto poético. O argumento básico utilizado é o que o texto em Gênesis não contem a estrutura básica do poema hebraico chamado paralelismo. Tal estrutura poética se dá quando o autor se utiliza de duas ou mais formas diferentes para falar sobre algo. Inexistiria tal estrutura então no Gênesis? Confiram o que este artigo tem a nos dizer sobre isso. A conclusão do mesmo se dá na seguinte forma: Deve ser lembrado que os modernos pensadores ocidentais vêem os eventos em uma lógica de etapas. Esta é a a idéia de que cada evento vem depois de um prévio formando uma série de eventos em uma linha do tempo linear. Mas os Hebreus não pensam em uma lógica de etapas mas em uma lógica de blocos. Isto é o agrupamento conjunto de idéias similares juntas ou não em uma ordem cronológica. A maioria das pessoas lêem o Capítulo 1 do Gênesis através de uma perspectiva de lógica de etapas ou cronológica, menos do que através de blocos lógicos tão comum na poesia hebraica.[tradução nossa]Como pode ser visto, a devida atenção às tradições orais do povo hebreu bem como da real e concreta atenção às variações da forma poética do paralelismo irão nos mostrar a poeticidade do texto em Genesis.
Como um belo exemplo dessa poeticidade, podemos encontrar nessa tradução para o inglês ou na versão de Haroldo de Campos [BereShit], certamente um dos nosso maiores tradutores nacionais, a qual colocarei os primeiros versos e que pode ser encontrada à venda aqui :
1. No começar Deus criando
O fogoágua e a terra
2. E a terra era lodo torvo
e a treva sobre o rosto do abismo
E o sopro-Deus
revoa sobre o rosto da água
3. E Deus disse seja luz
E foi luz
4. E Deus viu que a luz era boa
E Deus dividiu
entre a luz e a treva
5. E Deus chamou à luz dia
e à treva chamou noite
E foi tarde e foi manhã
dia um....
Finalizando, me lembro de uma frase de um amigo poeta, o Flávio Boaventura que nos dá uma dica bem sutil sobre a questão da sensibilidade e da poesia. A frase é a seguinte:"Quem define a poesia, definha a poesia."
Ps. Estes criacionistas realmente são da pá-virada. Geralmente sempre tem algum físico Phd da Nasa que lecionou no MIT ou alguma Universidade Européia e tal... nunca falta. Mas o cúmulo do cúmulo é realmente este site chamado The Earth is Not Moving.
[Ouvindo: Brade - Canzon - (205) (Music of the Waits) - Dance Music of the High Renais (2:50)]
Vamos acompanhar o que o Centro de Pesquisas do Hebreu Antigo tem a nos dizer sobre o paralelismo: Como a poesia hebraica é escrita de uma forma muito diferente do que o nosso próprio estilo ocidental de poesia, muitos não reconhecem a poesia, o qual pode causar problemas quando da tradução ou interpretação das passagens. Aproximadamente 75% do Tanach (Velho Testamento) é poesia. Todos os Salmos e Provérbios são poesia hebraica. MESMO O LIVRO DO GENESIS É REPLETO DE POESIA. Existem diversas razões para os Hebreus terem usado poesia. Muito da Torah foi cantada. Poesias e canções são mais fácies de memorizar do que textos corridos. A poesia paralelística (COMO em GENESIS 1) enfatiza algo de grande importância, como a estória da criação o é. Os rabinos acreditavam que se alguma coisa é digna de ser dita, ela deve ser ditaa de uma forma cheia de beleza. Existe muito mais poesia na Bíblia do que muitos pensam porque a maioria das pessoas não a entende.[Tradução nossa]
Alguns sites de apologética criacionista tal como o Christian Answers [que sustenta a insustentável idéia de que foi Moisés quem escreveu a Torá] ou o Lambert Dolphin através de alguns artigos tais como Syntax and Semantics in Genesis One e Is Genesis Poetry or Historic Narrative sustentam a idéia de que Gênesis 1 seria uma narrativa histórica ao invés de um texto poético. O argumento básico utilizado é o que o texto em Gênesis não contem a estrutura básica do poema hebraico chamado paralelismo. Tal estrutura poética se dá quando o autor se utiliza de duas ou mais formas diferentes para falar sobre algo. Inexistiria tal estrutura então no Gênesis? Confiram o que este artigo tem a nos dizer sobre isso. A conclusão do mesmo se dá na seguinte forma: Deve ser lembrado que os modernos pensadores ocidentais vêem os eventos em uma lógica de etapas. Esta é a a idéia de que cada evento vem depois de um prévio formando uma série de eventos em uma linha do tempo linear. Mas os Hebreus não pensam em uma lógica de etapas mas em uma lógica de blocos. Isto é o agrupamento conjunto de idéias similares juntas ou não em uma ordem cronológica. A maioria das pessoas lêem o Capítulo 1 do Gênesis através de uma perspectiva de lógica de etapas ou cronológica, menos do que através de blocos lógicos tão comum na poesia hebraica.[tradução nossa]Como pode ser visto, a devida atenção às tradições orais do povo hebreu bem como da real e concreta atenção às variações da forma poética do paralelismo irão nos mostrar a poeticidade do texto em Genesis.
Como um belo exemplo dessa poeticidade, podemos encontrar nessa tradução para o inglês ou na versão de Haroldo de Campos [BereShit], certamente um dos nosso maiores tradutores nacionais, a qual colocarei os primeiros versos e que pode ser encontrada à venda aqui :
1. No começar Deus criando
O fogoágua e a terra
2. E a terra era lodo torvo
e a treva sobre o rosto do abismo
E o sopro-Deus
revoa sobre o rosto da água
3. E Deus disse seja luz
E foi luz
4. E Deus viu que a luz era boa
E Deus dividiu
entre a luz e a treva
5. E Deus chamou à luz dia
e à treva chamou noite
E foi tarde e foi manhã
dia um....
Finalizando, me lembro de uma frase de um amigo poeta, o Flávio Boaventura que nos dá uma dica bem sutil sobre a questão da sensibilidade e da poesia. A frase é a seguinte:"Quem define a poesia, definha a poesia."
Ps. Estes criacionistas realmente são da pá-virada. Geralmente sempre tem algum físico Phd da Nasa que lecionou no MIT ou alguma Universidade Européia e tal... nunca falta. Mas o cúmulo do cúmulo é realmente este site chamado The Earth is Not Moving.
[Ouvindo: Brade - Canzon - (205) (Music of the Waits) - Dance Music of the High Renais (2:50)]
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segunda-feira, janeiro 24, 2005
By Flávio Souza on segunda-feira, janeiro 24, 2005
Meu Deus! É impossível escrever qualquer coisa que valha a pena neste calor!!! Não creio ser preconceituoso quando afirmo que o calor conduz à indolência. Já postei sobre isso, creio, no finado Hiperfocus, mas quando o calor bate dessa forma, eu me lembro daqueles filmes a la Casablanca. Parece que estou em um escritório, daqueles com arquivos e ventiladores antigos, com o ar tremeluzindo em ondas e o suor escorrendo por sobre a mesa. Hhhummm - certamente estaria fumando um charuto também, cubano de preferência.
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