★ Flávio Souza Cruz ★

quinta-feira, julho 11, 2013









Eu me lembro nitidamente da noite em que fui até à casa de Richard Mercier para tratar da proposta de orçamento que faria para o seu casamento com Cláudia Giúza. Eu ia anotando os dados, escutando seus desejos e vontades, marcando minhas listas no papel. O tempo passava, uma garrafa de vinho até que comecei a falar sobre a Bridal Session, o ensaio dos noivos. Eu dizia a eles que este era o momento mais divertido e descontraído de todo o processo, no qual os casais poderiam depositar ali os seus sonhos e fantasias, resgatando momentos dos primeiros encontros em clima de um namoro idílico. Apesar de tudo, por mais que eu falasse das virtudes do ensaio, Cláudia se mostrava relutante com toda a estória. Ela havia visto alguns ensaios de amigas e não havia gostado. Achava que era algo meio demodé e sem sentido. Os noivos, no entanto, passariam a lua de mel na França. E eis que em dado momento, Cláudia resolve brincar com a estória, pontuando em tom de brincadeira: 

"Olha Flávio - eu só faria um ensaio como este se fosse em Paris..."

O que ela não esperava, no entanto, era a minha resposta. E eu assim disse naquele instante: "Você então só faria se fosse em Paris, é? Pois então - problema resolvido. Eu vou até Paris com vocês dois!" De fato eu tinha programado esta viagem para o final do ano de 2012 e adiar por 6 meses não me seria problema algum. Muito pelo contrário, seria uma grande felicidade em poder acompanhá-los. E eis que neste espanto pelo inusitado, nos encontramos nós 3 planejando a até então brincadeira de uma bridal session em Paris. 

Um ano depois, passada toda a preparação, passaporte nas mãos, chegamos à cidade-luz. E na sexta-feira, dia 6 de julho de 2013, mergulhamos de forma intensa pelas ruas e pessoas da cidade. Meu amigo, artista plástico carioca, Wanyr Júnior, nos ajudava com a idéias e composições. Cláudia se destacava como uma bailarina, pequena princesa a rodopiar pelas esquinas e cafés, pelas catedrais e prédios. Richard brincava e sorria no mais elegante estilo francês de ser. Cenas de filme, cenas de editorial de moda, cenas de pura paixão, fantasia e cumplicidade iam surgindo em cada pedacinho de Paris pelo qual passávamos. As pessoas, em euforia, acenavam para os noivos, pediam fotos e os felicitavam de coração em enlevo. 

Em dado momento, ao adentrarmos a entrada central do Louvre, eis que nos deparamos com um artista a tocar cello em altas notas que reverberavam por toda a cúpula da porta. Bachianas número 5 o que ali ouvíamos. Eu confesso que entrei em uma dimensão superior, dada a beleza de tudo que se descortinava à minha frente. Sombras e luzes, Villa Lobos e Cláudia, esplendorosa a passear pelas faixas de sombra e luz daquele lugar. Sublime.

Por fim, momento único em tudo isso - o carrossel da Torre Eiffel - local no qual tanto os noivos quanto eu resgatamos os nossos 5 anos de idade a brincar com aqueles cavalos encantados por fantasia. Profunda alegria de nos ver às 22 horas da tarde em Paris, depois de 8 horas de ensaio, brincando em rodopios. Momentos únicos e inesquecíveis de um sonho de uma quase-noite de verão. E eu me lembro de ainda em Belo Horizonte, ter dito à Cláudia:

"Você nunca mais se esquecerá deste dia!"











































































































































































Você gostou desta parte em P&B? Tem muito mais ainda te esperando. Acompanhe agora as nossas cenas de Paris em color.









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