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Os irmãos Marx |
Agora de noite tive a grata supresa de ler o texto do
João Goffredo, intitulado "
Como ser um fotógrafo ou cinegrafista ruim e inconveniente. Versão 1.0.0". O texto trata das inconviniências que nós fotógrafos (ou não) podemos causar no ambiente em que procuramos retratar. Os comentários do João são ácidos, bem irônicos, mas temperados com um elevado didatismo, fazendo-nos repensar sobre algumas de nossas ações que podem interferir (e muito) sobre as pessoas ao nosso redor. Particularmente, me defrontei com um caso parecido nos últimos dias. Sendo assim, aproveito para selecionar algumas pérolas específicas postadas pelo Goffredo:
"A cena é só sua, então pode entrar na frente dos outros, pode entrar no meio da apresentação de dança. Que se dane a plateia, os outros cinegrafistas, os outros fotógrafos etc. (Eu tenho uma foto de um cinegrafista no meio das dançarinas de uma apresentação. Ele acabou sendo expulso.)"
"Chegue bem perto do artista, do músico, e cegue-o com o flash. (Vi dezenas fazendo isto na apresentação do Maracatu no Paraty em Foco. Chegou ao ponto dos músicos nem mais conseguirem andar.)"
"Não se importe se está atrapalhando. Eles é que tem a obrigação de te aturar."
"Ângulos bombásticos à queima roupa com uma grande angular são legais, e como a cena é só sua mesmo, e o artista tem a obrigação de aturar isto, faça à vontade. E não se esqueça de usar um flash potente."
"Isto de se manter invisível, de não chamar a atenção, é bobagem."
Se as passagens fizeram sentido para você, comece a repensar seus conceitos! Respeito aos profissionais que estão no palco, bem com às pessoas em geral é procedimento fundamental para a convivência na sociedade e para o exercício da fotografia. Não somos a "estrela do evento", ajudamos a promovê-lo. Quanto menos aparecermos "na cena", incluindo nisso "na cena dos colegas", melhor. No mais, uma visita ao blog do Goffredo é muito recomendada. Os parágrafos completos estão por lá! Boas fotos!