★ Flávio Souza Cruz ★

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terça-feira, abril 12, 2011






E eis que saiu quentinha a segunda fornada da banda Cash. Eu estava em dívida com eles. Na minha primeira série de imagens, realizada na semana de inauguração da Circus, eu havia sofrido demais com a frenética alternância da iluminação. Por isso, prometi ao Daniel Mazzochi que faria uma outra sequência com eles. Mais uma vez, sofri com a iluminação, mas a luta foi mais impedernida. Tentei de todas as formas captar o show da Cash.










Os dados sobre a banda podem ser vistos no meu primeiro post. O que posso ressaltar aqui é a grande receptividade que tive no dia, sendo muito bem acolhido tanto pelo Daniel quanto pelo Kicko Campos da Laranja Mecânica. Fato que merece nota também é que a Cash é das bandas que mais movimenta a Circus.  A galera entra mesmo no ritmo do som deles.











Nesta semana, se tudo correr bem, terei uma novidade para as minhas fotos na Circus. Como não está ainda definido, vou deixar a informação como um teaser, um pequeno aguçar na curiosidade dos amigos que visitam o EPIFANIA. Quanto ao CASH, parabéns mais uma vez e espero que gostem do trabalho! Abraços a todos!










domingo, abril 10, 2011







Esopo. Esta é uma casa de sonhos que conduz a muitas e belas recordações. A primeira vez que a visitei foi há exatos 23 anos atrás. A primeira versão ficava no condomínio Ville de Montaigne, ainda na própria residência do dono, artista e castelão Ricardo Wagner. Era um ambiente secreto, desconhecido para a maioria das pessoas e as reservas para sexta e sábado se esgotavam já às 9 horas da manhã das segundas. Me recordo destas primeiras idas como quem se lembra de um pequeno segredo guardado a sete chaves... Ficávamos a madrugada inteira, por vezes até o amanhecer.







Era um pequeno portal que nos transportava a uma dimensão perdida no tempo, uma viagem pelas fantasias de uma taberna medieval. O mistério e o inesperado estavam em cada momento. As músicas antigas, medievais, renascentistas ascendiam o paladar da alma. Eram realmente momentos especiais, salpicados ainda por um ar de cumplicidade partilhada por todos aqueles que descobriam ali aqueles pequenos segredos das sombras boêmias.










Em uma determinada ocasião, devido a um blackout, perdeu-se a luz na casa. E eis que de repente, passamos a ter um verdadeiro jantar à luz de velas. O problema, no entanto, era que a música mecânica também se perdera na ausência da eletricidade. Eis então que se levanta um tenor, cliente até então, e começa a nos entreter a todos cantando pela noite afora. Das perdas, passamos à maior magia, embalada pelo reviver de uma época em que de fato não havia interruptores e lâmpadas incandescentes.











Os anos foram passando e o Esopo foi também mudando com os tempos. Passou uma boa etapa no bairro funcionários. A casa, com vários cômodos, já não era mais a mesma. E o fato de estar na cidade matava a maioria dos meus encantos. No entanto, um pouco daquela magia permanecia ainda estampada nos artistas e saltimbancos, habitantes de sempre daquele universo encantado. Mais alguns anos e eis que a casa se mudou novamente agora para seu espaço definitivo, mistura de mosteiro e castelo localizado na saída da cidade para Nova Lima. Um espaço grandioso, versão ampliada da primeira versão. Em alguma medida, grande até demais para o meu gosto.











Por certo, aqueles primeiros anos nunca retornarão. O Esopo deixou de ser uma pequena preciosidade partilhada por poucos. Se tornou mais comercial e menos intimista. Pequenos pedaços daquela magia, no entanto, continuam vivos. Hoje, pela primeira vez, pude registrá-los. Revelar um pouco do que meus olhos viam, da eternidade dos meus tempos médios, dos sonhos que sonhei.


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