A cidade dos meus dias
A cidade dos meus dias é a cidade da árvore. A cidade da minha árvore é cela de meus sonhos. Verde-musgo entrecortado no cinza, espero o crepitar do horizonte. Chuvas de luzes caem mim amantegando-me em seda. E é assim, enevoado em seda o meu belo horizonte dos dias da noite. É nela que vivo - nas sombras do sonho. Mastigo as imperfeições gratas do dia ao sabor do levedo em bock. Abro jornais, abro páginas, links, abro caras. Minha relação é de sequestrado perpétuo, destes que se apegam ao claustro. A cidade das minhas pedras é a árvore dos meus dias. Desdenho dos cantos e hinos da pátria Atena. Meu canto é apenas de aconchego e prazer feliz. Não traço a tradição, não conto os ladrões de sonhos, não me recordo das vãs descrições. Minha cidade é apenas minha, como a dor, de mais ninguém. A cidade, minha árvore, meu canto, perdão. O horizonte, cálido, me esconde e salva. Me abre, me abraça, acolhe e fecha. A cidade de minha alma é um abraço de mil perdões.
Morro em paz, em jazigo de estrelas. E nem sei se vinha ao caso o cantar da morte. Mas a cidade da minha árvore é o ocaso de meus dias.
A cidade dos meus dias é a cidade da árvore. A cidade da minha árvore é cela de meus sonhos. Verde-musgo entrecortado no cinza, espero o crepitar do horizonte. Chuvas de luzes caem mim amantegando-me em seda. E é assim, enevoado em seda o meu belo horizonte dos dias da noite. É nela que vivo - nas sombras do sonho. Mastigo as imperfeições gratas do dia ao sabor do levedo em bock. Abro jornais, abro páginas, links, abro caras. Minha relação é de sequestrado perpétuo, destes que se apegam ao claustro. A cidade das minhas pedras é a árvore dos meus dias. Desdenho dos cantos e hinos da pátria Atena. Meu canto é apenas de aconchego e prazer feliz. Não traço a tradição, não conto os ladrões de sonhos, não me recordo das vãs descrições. Minha cidade é apenas minha, como a dor, de mais ninguém. A cidade, minha árvore, meu canto, perdão. O horizonte, cálido, me esconde e salva. Me abre, me abraça, acolhe e fecha. A cidade de minha alma é um abraço de mil perdões.
Morro em paz, em jazigo de estrelas. E nem sei se vinha ao caso o cantar da morte. Mas a cidade da minha árvore é o ocaso de meus dias.