★ Flávio Souza Cruz ★

domingo, outubro 26, 2008

Há dias em que me dedico ao café, abençoado seja. Há dias, e este é um deles, em que me dedico a escrever como se meu teclado fosse uma linha de costura. Perfuro a pele remendando pedaços e lembranças. Renego a letargia amiga de sempre empurrando o marrom líquido nas vontades e veias d´alma. Há dias, e este é um deles, em que me vejo coando borras e purificando o querer. Amarro a linha de costura ao coador. Vou traçando novos pontos pelas beiradas. A agulha, essa lembrança pontiaguda, vai tracejando projetos, criando desenhos. É uma dor, devo dizer, mas a tinta faz mancha e sombra... algo como tatuagem nova, um corpo novo bordado em café.

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